terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um pouco do Acervo Vicente Salles

História

No campo da História, ressaltamos obras de referências à pesquisa, fundamentais para a melhor compreensão da nossa região, destacando-se pela riqueza de informações e elevada importância historiográfica, como por exemplo os Annaes Históricos de Berredo, tomos I e II, com estudos sobre a vida, a época e os escritos do autor, por Bertini de Miranda, publicado em 1905; O Livro Grosso do Maranhão, publicado nos Anais da Biblioteca Nacional, 1948, com documentos sobre a Amazônia colonial; A Amazônia, 1883, de autoria do Barão do Marajó, relato sobre as Províncias do Pará e Amazonas e Governo Central do Brasil e os 4 primeiros volumes de Motins Políticos ou a história dos principais acontecimentos políticos da Província do Pará desde o anno de 1821 até 1835, de Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guajará, edição de 1865-1884, além da coleção Brasiliana dedicada à Amazônia.
Também é encontrado no Acervo, obras de dois jesuítas que descreveram a situação do antigo estado do Grão-Pará e Maranhão, durante os séculos XVII e XVIII, “Tesouro descoberto no Máximo rio Amazonas”, do Padre João Daniel, a “Crônica das missões dos padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão”, do Padre João Felipe Bettendorff, obras publicadas também pela Biblioteca Nacional em seus Anais.


Há também no Acervo obras dos mais importantes historiógrafos da Amazônia dos séculos XIX e XX, como Antonio Ladislau Monteiro Baena, Arthur Vianna, João Lucio d’Azevedo, Jorge Hurley, Theodoro Braga, João Palma Muniz, Ignácio Moura, Manuel Barata, Ernesto Cruz, Augusto Meira Filho e Arthur Cezar Ferreira Reis.


Somada a essas obras o acervo possui uma coleção de jornais antigos digitalizados datados do período de 1858 (A Épocha – Belém) a 1956 (Nossos dias – Manaus).


Os Municípios Paraenses
A Coleção Vicente Salles também é objeto de consulta por aqueles pesquisadores interessados em conhecer a história e as manifestações culturais dos municípios paraenses. Além dos livros (abaixo relacionados) temos recortes de jornais organizados em pastas para cada município, contendo informações sobre suas histórias e manifestações folclóricas e religiosas.


Viajantes
As crônicas dos viajantes são riquíssimas fontes de informações não somente para o campo da História, como também para o campo da Antropologia, Etnologia, Etnografia e Botânica. Através delas é possível também conhecer as manifestações culturais, religiosas e o cotidiano das populações moradoras nas regiões por eles visitadas, além das descrições fisiográficas da região amazônica, sendo objeto de grande admiração pela variedade da fauna e da flora, e pela imensidão da floresta, e a sua relação com o homem amazônico, inclusive levando Euclides da Cunha a afirmar durante a sua viagem a região (ver data), que o “homem era um intruso impertinente”.
Na estante destinada aos livros dos viajantes da Coleção Vicente Salles temos 78 livros de viajantes que por aqui estiveram nos séculos XVIII e XIX, como La Condomine (1735), Alexandre Rodrigues Ferreira (1783- 1792), Spix e Martius (1817-1820), Langsdorf (1821-1829), Wallace (1848-1852), Henry Bates (1848-1859), Sanches de Frias (1883), Luiz e Elizabeth Agassiz (1865-1866), Henri e Otille Coudreau (1895 – 1900) e no início do século XX como Euclides da Cunha (ver data), Gastão Cruls (1928), Mário de Andrade (1927) e do Bispo do Pará, D. Antônio de Almeida Lustosa (1932-1934).


Biografias
Os interessados em conhecer a vida de personalidades paraenses encontrarão na Coleção Vicente Salles uma estante com 105 livros sob o título Biografias e Memórias. Destaque para algumas biografias como a de Alexandre Rodrigues Ferreira, escrita por Emilio Goeldi; a do Bispo Dom Macedo Costa, escrito pelo também Bispo D. Antonio de Almeida Lustosa; a do Governador Augusto Montenegro, escrito em 1907, ainda durante o seu governo, por Ernesto Mattoso; de Antonio Lemos e de Magalhães Barata, ambas escritas por Carlos Rocque; a de Bernardo Sayão, escrita por sua filha Léa Sayão, incluindo uma edição com a vida de Bernardo Sayão em quadrinhos, e a de Lauro Sodré, escrita por seu filho Emmanuel Sodré.


Além disto também temos pastas com recortes de jornais, textos e mesmo micro edições de Vicente Salles sobre vários artistas paraenses.


"Projeto Petrobras"

O projeto “Recuperação e Difusão do Acervo Musical da Coleção Vicente Salles” da Biblioteca do Museu da Universidade Federal do Pará, com contrato de patrocínio celebrado entre a Associação dos Amigos do Museu da Universidade Federal do Pará e a PETROBRAS S/A, foi desenvolvido no Museu da Universidade Federal do Pará, por uma equipe de profissionais de Biblioteconomia e Música.



O Projeto foi executado no período compreendido entre Fevereiro de 2007 e Junho de 2008, sendo suas ações técnicas coordenadas pelo musicólogo Jonas Arraes que elaborou um plano de trabalho específico para as intervenções nas fontes primárias do Acervo Musical que faz parte da Coleção Vicente Salles.
Foram catalogadas as partituras manuscritas, as editadas, os discos vinis de 10 polegadas em 78 rpm, os discos LPS de 33 ½ rpm, os discos vinis compactos, as fitas de rolo magnetofônicas e as fitas cassetes.


Foram pesquisadas as biografias dos compositores das partituras manuscritas, disponibilizando-as em uma listagem. Os discos de 78 rpm foram catalogados em Fichas Referenciais obedecendo a organização em pastas, encontradas no acervo. Foram produzidas as listagens das fitas de rolo e cassetes, bem como a catalogação dos discos de 33 ½ RPM.


Os discos vinis compactos e LPS, fitas de rolo, cassetes e vinis 78 rpm foram digitalizados e estão disponíveis em arquivos MP3 nas estações de apreciação da Biblioteca do MUFPA.


As partituras manuscritas foram todas higienizadas, fotografadas, sendo que 1/3 das mesmas foram digitadas em um programa editor de partituras, podendo ser impressas e ouvidas em MP3.

terça-feira, 2 de março de 2010

A Biblioteca do Museu da UFPA


A Biblioteca do Museu da UFPA foi criada oficialmente em 1988. Um de seus objetivos é fornecer suporte informacional às atividades imprescindíveis do Museu; sendo voltada para o atendimento ao público, principalmente a pesquisadores interessados em fontes para a elaboração de suas monografias, dissertações, teses, reportagens e projetos audio-visuais.
O acervo inicial de 1.622 títulos formados por livros, catálogos de exposição, coleções de jornais, cartazes, convites e cartões postais, foi formado através de doações e permutas, por pessoas e instituições interessadas no ensino da arte na UFPA.
Em 1998 a Biblioteca foi ampliada em seus espaços físicos e em seu acervo, recebendo posteriormente em suas dependências a Coleção Vicente Salles adquirida pela Reitoria em 1993, conjunto documental formado por mais de 70.000 títulos.
A Biblioteca do MUFPA, ao longo de seus 20 anos, tem feito o possível para atender a demanda de informações bibliográficas e aos avanços físicos e operacionais de pesquisa do MUFPA, procurando dentro de seus objetivos específicos fornecer informações à comunidade universitária e também colaborar para os avanços de reestruturação do Museu.
Em 2005 na gestão da Professora Jussara Derenji o Museu da Ufpa foi reformado e restaurado, a Biblioteca foi revitalizada ocorrendo mudanças em seu espaço físico juntamente com a reforma do prédio.

SERVIÇOS PRESTADOS
- Atendimento ao usuário
- Indicação bibliográfica
- Intercâmbio de material
- Indicação de outras fontes de informação
- Reprodução de documentos:
A reprodução de documentos bibliográficos das coleções é permitida desde que esteja de acordo com a Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610, 19/02/1998) para fins de uso próprio, sem fins lucrativos. O usuário terá que fazer uma cópia para a Biblioteca com o propósito de deixar a cópia, para outras reproduções futuras, evitando danos maiores ao papel que com a cópia desgasta ao equivalente de sete anos de vida.
A Biblioteca mantém, na Sala de Leitura, pequenas exposições de curta duração.
No momento apresentamos uma exposição de fotografias de populações nativas da Amazônia, provavelmente datadas de início ou meados do século XX.

CIRCULAÇÃO
A Biblioteca do Museu tem como público alvo: professores, pesquisadores e alunos universitários, bem como a comunidade em geral.
- Foram atendidos no ano de 2009, 537 (quinhentos e trinta e sete) usuários.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
A Biblioteca funciona de 2ª a 6ª no horário de 9h às 16h.

ENDEREÇO E CONTATOS
Av. Gov. José Malcher 1192 esquina da Av. Generalíssimo Deodoro
Telefone: (091) 3242-8340 ramal 118
(Texto de Rosa Gama)
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