terça-feira, 14 de junho de 2011

Palestra "A expressão paraense no Acervo Musical da Coleção Vicente Salles"


O Acervo Vicente Salles contempla a música na sua vasta extensão, do documento folclórico ao erudito. O Banco de Partituras com mais de 5.000 partituras editadas e manuscritas, guarda relíquias de um tempo em que a música de qualidade era admirada em todo o Brasil. O banco, que reúne um grande número de compositores, em sua maioria paraenses ou que fizeram carreira em Belém, é tão precioso que, sob a coordenação do Maestro Jonas Arraes, professor da Fundação Carlos Gomes e da Universidade Estadual do Pará, foi objeto, em 2007, do projeto "Recuperação e Difusão do Acervo Musical da Coleção Vicente Salles". Concluído em 2009, gerou Catálogos e áudios em MP3 das partituras manuscritas, bem como dos vinis, fitas cassetes e magnetofônicas que ficam à disposição do usuário nos terminais de pesquisa.


Compõem também a coleção musical, a discoteca, com mais de 500 discos nas diversas fases da produção fonográfica: do disco de cera  ao moderno CD; quase toda a obra de Satiro de Melo, músico negro cametaense, com importante atuação no Rio de Janeiro; e uma extensa bibliografia sobre música, inclusive sobre modinhas e canções antigas do Pará.


A "Casinha Pequenina", célebre canção brasileira, criada em Belém do Pará, por volta de 1896, pelo humilde carteiro, poeta e chorão Bernardino Belém de Souza, foi gravada em mais de 48 versões nacionais e estrangeiras. Entre seus intérpretes estão Beniamino Gigli, Bidú Sayão, Elise Houston, e uma delas em íidiche, gravada num Kibutz de Israel. Faz parte da Coleção a primeira partitura impressa da música.
Há expressiva documentação sobre Carlos Gomes no Pará, que gerou a edição da Bibliografia Brasileira de Carlos Gomes, organizada por Vicente Salles, e peças musicais escritas por compositores paraenses em homenagem ao maestro.
A banda de música, como expressão artística e como fenômeno de caráter sociológico, faz parte da coleção. Esse banco musical consistente permitiu ao pesquisador produzir cinco LPs para a Fenab/Brasília, e um outro dedicado especialmente às bandas e ao repertório paraense, reunindo 10 corporações (quatro da capital e seis do interior) e 18 peças.
Portanto, àqueles que desejam aprofundar seus estudos e pesquisas sobre música no Pará, não deixem de visitar a Biblioteca do Museu da UFPA para conferir de perto a Coleção Musical do Acervo Vicente Salles, que neste mês de junho realizará a palestra "A expressão paraense no Acervo Musical da  Coleção Vicente Salles", conforme convite abaixo:



Maiores informações: Biblioteca do Museu da UFPA pelos fones 3224 – 0871/ 3242 – 8340 ou pelo e-mail: biblioteca.museudaufpa18@gmail.com

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Exposição “Entre Páginas”


A literatura de mãos dadas com as artes visuais. A proposta da exposição “Entre Páginas” é divulgar o rico acervo de artes visuais da Biblioteca do MUFPA incentivando um “novo olhar” sobre os livros, vendo-os como obras de arte, retomando o conceito dos primeiros livros que eram confeccionados com técnicas de iluminuras (gravuras) e escritas feitas à mão produzindo uma obra digna das salas dos melhores museus do mundo.


            A exposição “Entre Páginas” transcende as páginas dos livros e mostra as ilustrações de artistas modernistas como Di Cavalcanti, Marcelo Grasmann, Renina Katz, Aldemir Martins e Glauco Rodrigues entre outros, que foram digitalizadas de duas coleções pertencentes ao acervo da biblioteca do museu, Coleção Graciliano Ramos e Coleção Jorge Amado, as quais estão em exposição tanto nos ambientes de visitação da “Entre páginas” como nas dependências da biblioteca nos porões do museu. 

 




As ilustrações ornam importantes títulos desses dois literatos brasieliros como: Capitães de Areia; Gabriela, cravo e canela; São Jorge dos Ilhéus; Os Velhos Marinheiros; Terras do sem fim; Cacau; Os Subterrâneos da Liberdade; ABC de Castro Alves; O Amor do soldado; Jubiabá; Os pastores da noite; Seara Vermelha; de Jorge Amado e Angústia; Linhas tortas; Viventes das Alagoas; Vidas secas; São Bernardo; Caetés; Insônia; Memórias do cárcere; de Graciliano Ramos







A exposição "Entre Páginas" iniciada em 28 de janeiro vai até o dia 3 de março, com visitação das 9h às 17h,  terças a sextas e horario diferenciado em finais de semana e feriados das 10h às 14. Escolas e interessados que queiram agendar visitas guiadas, ligar para (91) 3224-0871, das 10h às 13h. A entrada é gratuita.
































terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um pouco do Acervo Vicente Salles

História

No campo da História, ressaltamos obras de referências à pesquisa, fundamentais para a melhor compreensão da nossa região, destacando-se pela riqueza de informações e elevada importância historiográfica, como por exemplo os Annaes Históricos de Berredo, tomos I e II, com estudos sobre a vida, a época e os escritos do autor, por Bertini de Miranda, publicado em 1905; O Livro Grosso do Maranhão, publicado nos Anais da Biblioteca Nacional, 1948, com documentos sobre a Amazônia colonial; A Amazônia, 1883, de autoria do Barão do Marajó, relato sobre as Províncias do Pará e Amazonas e Governo Central do Brasil e os 4 primeiros volumes de Motins Políticos ou a história dos principais acontecimentos políticos da Província do Pará desde o anno de 1821 até 1835, de Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guajará, edição de 1865-1884, além da coleção Brasiliana dedicada à Amazônia.
Também é encontrado no Acervo, obras de dois jesuítas que descreveram a situação do antigo estado do Grão-Pará e Maranhão, durante os séculos XVII e XVIII, “Tesouro descoberto no Máximo rio Amazonas”, do Padre João Daniel, a “Crônica das missões dos padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão”, do Padre João Felipe Bettendorff, obras publicadas também pela Biblioteca Nacional em seus Anais.


Há também no Acervo obras dos mais importantes historiógrafos da Amazônia dos séculos XIX e XX, como Antonio Ladislau Monteiro Baena, Arthur Vianna, João Lucio d’Azevedo, Jorge Hurley, Theodoro Braga, João Palma Muniz, Ignácio Moura, Manuel Barata, Ernesto Cruz, Augusto Meira Filho e Arthur Cezar Ferreira Reis.


Somada a essas obras o acervo possui uma coleção de jornais antigos digitalizados datados do período de 1858 (A Épocha – Belém) a 1956 (Nossos dias – Manaus).


Os Municípios Paraenses
A Coleção Vicente Salles também é objeto de consulta por aqueles pesquisadores interessados em conhecer a história e as manifestações culturais dos municípios paraenses. Além dos livros (abaixo relacionados) temos recortes de jornais organizados em pastas para cada município, contendo informações sobre suas histórias e manifestações folclóricas e religiosas.


Viajantes
As crônicas dos viajantes são riquíssimas fontes de informações não somente para o campo da História, como também para o campo da Antropologia, Etnologia, Etnografia e Botânica. Através delas é possível também conhecer as manifestações culturais, religiosas e o cotidiano das populações moradoras nas regiões por eles visitadas, além das descrições fisiográficas da região amazônica, sendo objeto de grande admiração pela variedade da fauna e da flora, e pela imensidão da floresta, e a sua relação com o homem amazônico, inclusive levando Euclides da Cunha a afirmar durante a sua viagem a região (ver data), que o “homem era um intruso impertinente”.
Na estante destinada aos livros dos viajantes da Coleção Vicente Salles temos 78 livros de viajantes que por aqui estiveram nos séculos XVIII e XIX, como La Condomine (1735), Alexandre Rodrigues Ferreira (1783- 1792), Spix e Martius (1817-1820), Langsdorf (1821-1829), Wallace (1848-1852), Henry Bates (1848-1859), Sanches de Frias (1883), Luiz e Elizabeth Agassiz (1865-1866), Henri e Otille Coudreau (1895 – 1900) e no início do século XX como Euclides da Cunha (ver data), Gastão Cruls (1928), Mário de Andrade (1927) e do Bispo do Pará, D. Antônio de Almeida Lustosa (1932-1934).


Biografias
Os interessados em conhecer a vida de personalidades paraenses encontrarão na Coleção Vicente Salles uma estante com 105 livros sob o título Biografias e Memórias. Destaque para algumas biografias como a de Alexandre Rodrigues Ferreira, escrita por Emilio Goeldi; a do Bispo Dom Macedo Costa, escrito pelo também Bispo D. Antonio de Almeida Lustosa; a do Governador Augusto Montenegro, escrito em 1907, ainda durante o seu governo, por Ernesto Mattoso; de Antonio Lemos e de Magalhães Barata, ambas escritas por Carlos Rocque; a de Bernardo Sayão, escrita por sua filha Léa Sayão, incluindo uma edição com a vida de Bernardo Sayão em quadrinhos, e a de Lauro Sodré, escrita por seu filho Emmanuel Sodré.


Além disto também temos pastas com recortes de jornais, textos e mesmo micro edições de Vicente Salles sobre vários artistas paraenses.


"Projeto Petrobras"

O projeto “Recuperação e Difusão do Acervo Musical da Coleção Vicente Salles” da Biblioteca do Museu da Universidade Federal do Pará, com contrato de patrocínio celebrado entre a Associação dos Amigos do Museu da Universidade Federal do Pará e a PETROBRAS S/A, foi desenvolvido no Museu da Universidade Federal do Pará, por uma equipe de profissionais de Biblioteconomia e Música.



O Projeto foi executado no período compreendido entre Fevereiro de 2007 e Junho de 2008, sendo suas ações técnicas coordenadas pelo musicólogo Jonas Arraes que elaborou um plano de trabalho específico para as intervenções nas fontes primárias do Acervo Musical que faz parte da Coleção Vicente Salles.
Foram catalogadas as partituras manuscritas, as editadas, os discos vinis de 10 polegadas em 78 rpm, os discos LPS de 33 ½ rpm, os discos vinis compactos, as fitas de rolo magnetofônicas e as fitas cassetes.


Foram pesquisadas as biografias dos compositores das partituras manuscritas, disponibilizando-as em uma listagem. Os discos de 78 rpm foram catalogados em Fichas Referenciais obedecendo a organização em pastas, encontradas no acervo. Foram produzidas as listagens das fitas de rolo e cassetes, bem como a catalogação dos discos de 33 ½ RPM.


Os discos vinis compactos e LPS, fitas de rolo, cassetes e vinis 78 rpm foram digitalizados e estão disponíveis em arquivos MP3 nas estações de apreciação da Biblioteca do MUFPA.


As partituras manuscritas foram todas higienizadas, fotografadas, sendo que 1/3 das mesmas foram digitadas em um programa editor de partituras, podendo ser impressas e ouvidas em MP3.

terça-feira, 2 de março de 2010

A Biblioteca do Museu da UFPA


A Biblioteca do Museu da UFPA foi criada oficialmente em 1988. Um de seus objetivos é fornecer suporte informacional às atividades imprescindíveis do Museu; sendo voltada para o atendimento ao público, principalmente a pesquisadores interessados em fontes para a elaboração de suas monografias, dissertações, teses, reportagens e projetos audio-visuais.
O acervo inicial de 1.622 títulos formados por livros, catálogos de exposição, coleções de jornais, cartazes, convites e cartões postais, foi formado através de doações e permutas, por pessoas e instituições interessadas no ensino da arte na UFPA.
Em 1998 a Biblioteca foi ampliada em seus espaços físicos e em seu acervo, recebendo posteriormente em suas dependências a Coleção Vicente Salles adquirida pela Reitoria em 1993, conjunto documental formado por mais de 70.000 títulos.
A Biblioteca do MUFPA, ao longo de seus 20 anos, tem feito o possível para atender a demanda de informações bibliográficas e aos avanços físicos e operacionais de pesquisa do MUFPA, procurando dentro de seus objetivos específicos fornecer informações à comunidade universitária e também colaborar para os avanços de reestruturação do Museu.
Em 2005 na gestão da Professora Jussara Derenji o Museu da Ufpa foi reformado e restaurado, a Biblioteca foi revitalizada ocorrendo mudanças em seu espaço físico juntamente com a reforma do prédio.

SERVIÇOS PRESTADOS
- Atendimento ao usuário
- Indicação bibliográfica
- Intercâmbio de material
- Indicação de outras fontes de informação
- Reprodução de documentos:
A reprodução de documentos bibliográficos das coleções é permitida desde que esteja de acordo com a Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610, 19/02/1998) para fins de uso próprio, sem fins lucrativos. O usuário terá que fazer uma cópia para a Biblioteca com o propósito de deixar a cópia, para outras reproduções futuras, evitando danos maiores ao papel que com a cópia desgasta ao equivalente de sete anos de vida.
A Biblioteca mantém, na Sala de Leitura, pequenas exposições de curta duração.
No momento apresentamos uma exposição de fotografias de populações nativas da Amazônia, provavelmente datadas de início ou meados do século XX.

CIRCULAÇÃO
A Biblioteca do Museu tem como público alvo: professores, pesquisadores e alunos universitários, bem como a comunidade em geral.
- Foram atendidos no ano de 2009, 537 (quinhentos e trinta e sete) usuários.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
A Biblioteca funciona de 2ª a 6ª no horário de 9h às 16h.

ENDEREÇO E CONTATOS
Av. Gov. José Malcher 1192 esquina da Av. Generalíssimo Deodoro
Telefone: (091) 3242-8340 ramal 118
(Texto de Rosa Gama)
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